O futebol não é só um esporte em que 11 jogadores de cada time correm atrás da bola. Ele pode ser um instrumento de solidariedade, cumplicidade e sonhos. Considerado um dos esportes mais populares do mundo, o futebol é palco de grandes realizações. Também por causa delas, crianças aprendem a se apaixonar por um time e a segui-lo pelo resto da vida. Muitas delas compartilham do mesmo sonho de um dia ser um jogador de futebol, de ter e dar uma vida melhor aos familiares.
Uma das frases clichês mais utilizadas na área futebolística é “o futebol é uma caixinha de surpresas”. Nesta terça-feira, 29 de novembro, o mundo do esporte teve a mais triste delas. O simpático time da Chapecoense vinha surpreendendo o Brasil desde 2014, quando conseguiu o acesso para a Série A, conhecida como a elite do futebol. O feito confirmava a ascensão dos clubes catarinenses no cenário brasileiro, mas era o time de Chapecó que atraía olhares mais atentos de apaixonados por futebol de todo o país. Não era como todo time de menor expressão que quando subia de divisão, lutava para não ser rebaixado novamente.
A Chape fazia campanhas regulares, jogando de igual para igual com times grandes e de renda e torcida superiores. Foi em 2016 que atingiu o ápice da sua curta história de 43 anos, ao conquistar uma vaga para disputar a final da Sul-Americana. Tornou-se então o segundo time de muitos torcedores de outros clubes. Chegar perto de vencer a segunda competição mais importante do continente, no entanto, não foi fácil. A ChapeTerror, como o time passou a ser apelidado, deixou para trás clubes vitoriosos e tradicionais como Independiente e San Lorenzo, ambos da Argentina. No confronto com o segundo, o goleiro Danilo foi a personificação de herói ao fazer grande defesa no final do jogo.
Mas também existe outra fase clichê que diz “um grande time começa por um grande goleiro”. Todos os jogadores, técnico e comissão técnica são heróis catarinenses e acima de tudo, heróis brasileiros. Hoje, o céu escalou um grande time.