A epidemia do vírus ebola em alguns países africanos já é considerada semelhante à da AIDS. É o que afirma o Tom Frieden, diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Enfermidades (CDC, sigla em inglês) dos Estados Unidos. “Este será um longo combate… Nos trinta anos em que trabalho na saúde pública, a única coisa comparável (com a epidemia de ebola) foi a da AIDS”, declarou em uma mesa redonda em Washington organizada pelo Banco Mundial.
Medo e desinformação espalham a doença pela internet
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a doença já deixou quase 4.000 mortos na África Ocidental. Já nos Estados Unidos o primeiro caso do vírus foi confirmado no dia 30 de setembro e fez o número de menções no Twitter sobre a doença saltar de cerca de 100 por minuto para mais de 6.000.
A quantidade de informações duvidosas que rodam pela rede é tão grande que no estado americano de Iowa, por exemplo, o Departamento de Saúde Pública foi forçado a emitir um comunicado formal para dissipar rumores circulando nas mídias sociais dando conta que o ebola teria chegado ao estado.
Transmissão
Apesar do alerta das autoridades, há um fluxo constante de mensagens na internet dizendo que o ebola pode ser transmitido através do ar, água ou alimentos, o que não é verdadeiro. O que os cientistas afirmam é que na realidade o vírus só é transmitido pelo contato direto com sangue e fluídos corporais (suor, urina, fezes e sêmen) de pessoas contaminadas e de tecidos de animais infectados.