Dizem que não há fronteiras para a internet. De fato, a rede permitiu uma aproximação incrível, pois possibilita o contato com quem está a muitos quilômetros de distância. Sorte dos casais que, por motivos diversos, passam muito tempo distantes. Foram-se os dias que o sexo por telefone era a única opção de amantes que moram longe. A busca pelo prazer acontece por meio de webcans, chats e sites específicos que transformaram a maneira de enxergar uma relação.
Mesmo sem o contato físico, é possível esquentar o namoro. O sexo pela internet é uma alternativa, pois serve como boa maneira de diminuir a saudade um do outro e preparar os dois até uma oportunidade de encontro real. Sexo virtual ou cyber sexo como é chamado, também é uma forma de expressão das fantasias e um meio de obter algum prazer, conforme explica o professor Flavio Roberto de Carvalho Santos, Psicólogo e Mestre em Sexologia Clínica pela UGF. “Ou seja, antes de tudo, é preciso ver a experiência como uma fantasia sexual. Uma forma de deixar a vergonha de lado e se mostrar atraente ao parceiro”, disse.
E não são só os casais que se beneficiam com essa atividade. Existem sites de bate-papo onde o tema é sexo. Experimentar passear por um desses sites serve como uma maneira de aproximação pessoal para quem é muito tímido ao falar sobre sexualidade. As pessoas costumam perder um pouco da inibição por se sentirem protegidas na frente do computador.
Só é preciso estar atento aos limites. Como no filme Closer, onde o personagem principal conversa com outro homem que se passa por uma mulher, é comum alguém se passar por outro na rede. Nunca se sabe quem está do outro lado. Então, é preciso cuidado antes de ligar o microfone ou a câmera.
Sexo virtual pode ser interessante e divertido, mas não substitui uma relação real. Quando você se envolve muito com a virtual, pode esquecer o prazer de se divertir fora da rede. Como o cérebro tem um sistema chamado de “Sistema de recompensa”, pode encontrar nesse meio a vivência necessária para “satisfação”. O sexólogo Flávio Santos, também alerta: “Esse sistema avalia as situações em que algo deu certo em algum momento e que proporcionou prazer. Isso é um passo para o vício, pois ele não consegue avaliar outras possibilidades e passa a depender única e exclusivamente disto”.