O infarto é frequentemente associado a quatro fatores: tabagismo, hipertensão, colesterol alto e obesidade. No entanto, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, a depressão é responsável por 15% das mortes por doenças cardiovasculares. Traduzindo esses estudos, apenas o tabagismo e a alta pressão arterial superam os riscos trazidos pelo transtorno psiquiátrico.
De acordo com o líder da pesquisa Karl-Heinz Ladwig, é preciso que o diagnóstico da depressão seja algo habitual, principalmente para aqueles que apresentam tendência ao desenvolvimento de alguma doença cardiovascular. Desta forma, é mais fácil a prevenção de agravamentos.
A ligação entre as duas doenças não é nova. Um antigo estudo já havia verificado que uma a cada cinco vítimas de infarto sofre depressão pouco tempo após o evento.
A depressão pode ter como causa diversos motivos, que vão desde situações traumáticas como mortes na família, fatores genéticos, alimentação, dentre outros. O transtorno vem de um desequilíbrio hormonal no cérebro, que deixa a pessoa em um estado constante de tristeza. Ela também pode levar à ansiedade, insônia e, em alguns casos, ao suicídio.