
Quando a internet surgiu, trouxe consigo o significado da palavra interação: milhares de pessoas, de diferentes lugares, podiam se comunicar instantaneamente, compartilhando todo tipo de conteúdo. Com o tempo a comunicação se aprimorou e começaram surgir as primeiras comunidades virtuais, onde a informação fluía entre diversos usuários de forma dinâmica, possibilitando, inclusive, a interação entre destinatários e emissores.
E assim começaram a pipocar diversas redes sociais. Hoje, a mais famosa do mundo (Facebook) não é sinônimo de unanimidade e outros serviços despontam no mercado pela atenção do usuário. Uns apostam em trocas instantâneas de mensagens, outros em compartilhamento de imagens e outros, como no Secret, no compartilhamento de segredos! Segredos? Sim!
Até aqui, tudo bem! Pois o aplicativo tinha a função de dividir, anonimamente, segredos dos próprios usuários ligados por uma rede de amigos. Segundo os criadores do app, Chrys Bader e David Byttow (ex-funcionários do Google), a intenção era “publicar pensamentos honestos, emocionantes, hilários e, ao contrário das expectativas, raramente inapropriados”. Mas a proposta se transformou, no Brasil, em um espaço público para difamar e ofender as pessoas sem ser identificado por isso.
Depois de várias declarações sobre constrangimento, a justiça brasileira, através de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Espírito Santo, proibiu a disponibilização do aplicativo nas lojas virtuais do Google e da Apple e exigiu a desinstalação dos aparelhos dos usuários brasileiros. A multa para as empresas que infligirem a ordem chega a R$ 20.000,00 por dia!
O Cryptic, aplicativo da plataforma Windows Phone, com funcionalidades semelhantes, sofreu as mesmas sanções.