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Escritor paraibano João Bosco conta sobre carreira e dificuldades do mercado editorial

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O escritor paraibano João Bosco é um dos participantes da antologia Multifacetadas, produzida pela Editora Comunicação. Sendo especialista em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS e administrador pós-graduado em finanças e negócios (ESAB), ele nos concedeu uma entrevista contando um pouco de sua carreira e gerou uma reflexão do atual panorama editorial brasileiro. Confira!

Como decidiu ser escritor? Tem livros publicados?

Decidi ser escritor desde jovem, quando publiquei vários artigos, poemas e contos nos impressos e períodicos do Banco do Nordeste, onde me aposentei após 37 anos de contribuição previdenciária. Também continuei escrevendo na época Universitária.

Sendo especialista em estudos literários, como caracterizaria o quadro de escritores contemporâneos brasileiros? 

Estamos passando por décadas de descrença dos valores morais e, por isso os escritores que não possuem vinculação partidária com o partido do governo, têm muitas dificuldades de colocar no mercado as suas obras, principalmente nas Editoras das Universidades públicas. O escritor deixou de ser vanguardista para ser mercador. Como disse Nestor Cancline (2008) “No momento em que as artes deixaram de se chamar vanguarda, cederam ao mercado, às galerias, aos editores e à publicidade a tarefa de provocar o assombro para atrair público”.

Para você, quais são as maiores dificuldades do mercado editorial brasileiro?

O custo de produção editorial – o que poderia ser minimizado pela tal “Pátria educadora”, e o sistema de divulgação um tanto quanto elitizada. (Eu estou chamando de Pátria Usurpadora da Educação). Quanto mais o povo tiver sem educação, mais fácil será de usá-lo como “massa de manobra”. Quem não estuda não tem consciência critica e reflexiva, por isso só pensa com o céu da boca.

Cite uma experiência na área literária que marcou sua vida.

Quando ganhei o 1º lugar num concurso de poemas na Universidade Estadual de Feira de Santana, na década de 1990.

Um recado para os jovens e adolescentes que sonham em se tornar escritores.

Escrever é a arte de botar para fora o que a gente tem dentro de si. Quem não tem nada, fatalmente nunca poderá ser um escritor. Quem mais escreve é sempre quem mais lê. Que os jovens não esperem receber dos professores o gosto pela leitura, pois a gente só sente o gosto daquilo que a gente come.

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