Acontece neste sábado e domingo, dias 20 e 21 de julho, as exibições de Cinema ao Ar Livre do projeto Rua Cine Arte, durante o maior projeto cultural já realizado nos territórios Quilombola de Botafogo e Maria Joaquina. O Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Paulo Gustavo, apresentam o projeto Rua Cine Arte, que vai transformar espaços públicos de Maria Joaquina e Botafogo, em cenários de experiências cinematográficas para os moradores locais.
Sábado, a partir das 18h, no Campo de Futebol em frente à Associação Quilombola de Maria Joaquina, a população vai poder assistir “Meu Nome é Maalum”, “Nosso Sonho”, e encerrando a noite, o filme “Malês”, em uma apresentação especial, com a presença do ator e diretor Antônio Pitanga, do ator Rocco Pitanga e do produtor do filme, Flávio Tamberllini. O filme que tem estreia prevista para dezembro de 2024, será apresentado em primeira mão, para a comunidade Quilombola de Maria Joaquina. A produção do evento é da Ponto Final Soluções em Vídeos, que está montando uma super estrutura com telão em LED e após às exibições irá abrir uma roda de conversas com a população.
No domingo, dia 21, a exibição será a partir das 18h30, no Campo de Futebol da Restinga, na Comunidade Botafogo de Cabo Frio. Serão exibidos os filmes “Meu Nome é Maalum!” e “ Nosso Sonho”.
– O projeto visa levar o encanto do cinema para todos, especialmente aqueles que nunca tiveram a oportunidade de entrar em uma sala escura e se perder em uma história na tela grande. Com duas exibições ao ar livre e filmes recém-saídos das salas de cinema, buscamos proporcionar momentos de diversão e cultura para todos, explica a jornalista Alexandra de Oliveira, idealizadora do projeto.
A infraestrutura do evento inclui 300 cadeiras, garantindo conforto para os espectadores, iluminação, banheiros químicos e legenda descritiva nos filmes, além de um profissional de Libras para acompanhar os debates que acontecerão após os filmes, para que o público possa refletir sobre o conteúdo e debater sobre os temas abordados nas exibições.
Durante as sessões haverá distribuição de guaravita, água, pipoca, algodão doce, mini pizza, mini hamburguer para os participantes. Moradores de outras comunidades quilombolas de Cabo Frio, como Maria Romana, Espírito Santo e Preto Forro, também foram convidados. O evento é para todos.
– Queremos democratizar ao máximo o acesso. É muito bom ver a alegria das pessoas nesses momentos de entretenimento, onde elas saem da rotina para se encontrar nas praças e interagir umas com as outras, destaca Alexandra.
O projeto terá ainda outros desdobramentos. Os produtores também irão realizar 3 oficinas de audiovisual, onde serão trabalhados na teoria e na prática, conceitos desde a pré-produção até a finalização de um filme, passando pelo roteiro, captação de imagens e edição. No final do curso, os participantes serão capazes de produzir seu próprio curta-metragem.
– Vamos trabalhar nas oficinas com equipamentos profissionais de áudio e vídeo, mas também vamos dar a opção de produzir o conteúdo utilizando aparelhos celulares e softwares gratuitos, já que todo mundo tem um celular. Queremos que os participantes saiam da oficina capacitados, sabendo transformar uma história em um vídeo, explicou Marcelo Velloso, diretor do projeto.
Uma oficina será realizada em agosto na Associação do Quilombo Maria Joaquina, com apoio da Associação, que cedeu o espaço, para as atividades. As inscrições já podem ser feitas através do formulário disponível no Instagram do projeto. (@ruacinearte). Estão sendo disponibilizadas 40 vagas para a primeira oficina. Outras duas serão realizadas em espaços selecionados pela Escola Estadual da Cultura do Rio de Janeiro (EECRJ), vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, que promove o aprimoramento de profissionais da área e de agentes públicos.