Vivemos tempos em que a politicagem se sobrepõe à verdadeira política. Enquanto a população clama por saúde, educação, segurança e dignidade, muitos que ocupam cargos públicos usam o poder como trampolim para interesses pessoais. Trocam promessas por votos, acordos por silêncio e favores por cargos. Esquecem que, como diz Sun Tzu em A Arte da Guerra, “a suprema excelência consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar” — e o inimigo, neste caso, é a ignorância, a fome e o abandono. Mas muitos preferem manter o povo na escuridão, pois é mais fácil dominar quem não enxerga.
A politicagem cria alianças não pelo bem comum, mas pelo benefício próprio. Engana com discursos bem ensaiados, mas vazios de verdade. Como alerta Sun Tzu: “Toda guerra é baseada no engano.” A cada eleição, presenciamos um espetáculo de falsas virtudes, onde os bastidores são moldados pela conveniência e não pela ética. Enquanto isso, comunidades inteiras seguem esquecidas, vivendo à margem de decisões que deveriam ser construídas com elas, e não contra elas.
Comprometer-se com o povo exige coragem, planejamento e, acima de tudo, caráter. “Um líder lidera pelo exemplo, não pela força”, nos ensina novamente Sun Tzu. No entanto, o que se vê é a força dos interesses falando mais alto do que o exemplo do compromisso. É hora de abrir os olhos e perceber que política séria é construção coletiva, não barganha de poder.
O povo não é peça de tabuleiro. Merece respeito, dignidade e líderes que governem com honra.
