A Olimpíada do Rio é sinônimo de esperança para muitos atletas. Porém, uma em especial espera algo além do ouro. Para Anjelina Nadai Lohalith, do Sudão do Sul, os jogos representam uma chance para rever a família. A atleta de 21 anos faz parte da delegação dos refugiados do Comitê Olímpico Internacional (COI) nos Jogos Rio 2016.
Anjelina foi forçada a sair do país em 2001 devido a uma guerra civil que instaurou um regime de violência próximo à vila onde morava. “Tudo foi destruído”, relembra em entrevista a equipe dos Jogos Rio2016. Ela era apenas uma de milhares de crianças refugiadas ou órfãs devido ao conflito. Essa foi a última vez que ela teve contato com os país. “Nunca mais falei com eles”, completa.
Lohalith chegou ao Quênia em 2002 e se instalou no campo de refugiados Kakuma, onde passou a maior parte de sua vida. Enquanto frequentava a escola primária no campo, começou a correr, um esporte no qual naturalmente se destacou.
16A menina foi uma das crianças escolhidas para treinar com a campeã Olímpica da maratona Tegla Loroupe, na fundação que leva o nome dela em Nairóbi. Lá, a corredora dos 1500m. Hoje depois de se consolidar como atleta, ela chega ao Rio para disputar o ouro e sonhar com o reencontro com a família.