O livro QUEDA LIVRE, que conta A HISTÓRIA DE GLAIDSON E MIRELIS, FARAÓS DOS BITCOINS, escrito por Chico Otávio e Isabela Palmeira, será lançado na próxima quarta-feira dia 22 de maio, na Universidade Veiga de Almeida , em Cabo Frio. Na publicação, os Jornalistas destrincham um dos maiores esquemas de pirâmide financeirada história do Brasil.
A sessão de autógrafos vai ocorrer no auditório da UVA dia 22 de maio (quarta-feira), a partir das 18h40, em Cabo Frio, seguida de uma aula palestra sobre jornalismo com o autor Chico Otávio.
Chico Otavio é repórter, escritor e professor de Jornalismo na PUC-Rio. Iniciou a carreira em 1985, na Última Hora, passou pela sucursal do Rio de Janeiro do Grupo Estado, produzindo reportagens para O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde e Agência Estado. Em 1997, transferiu-se para o jornal O Globo, onde trabalhou até 2023. Ganhou seis vezes o Prêmio Esso, em categorias diversas, além de uma menção por melhor contribuição à imprensa.
A publicação é resultado de um trabalho de três anos de investigação, e os premiados jornalistas Chico Otavio e Isabela Palmeira narram neste livro a ascensão e queda vertiginosas de Glaidson e Mirelis (atualmente presos) — da pobreza à riqueza; da ostentação às acusações de crimes contra o sistema financeiro, organização criminosa, lavagem de dinheiro e homicídio. Além de expor os bastidores do golpe, Queda livre, que chega às livrarias em maio pelo selo História Real, da Intrínseca, escancara como a mistura de fé, ambição e ganância foi capaz de destruir milhares de famílias pobres e dezenas de celebridades ricas, todos atraídos pela tentação do lucro fácil.
“No Brasil, porém, ninguém encarnou melhor esse tipo de personagem messiânico do que Glaidson. Mas como ele teria passado de jovem tímido de origem humilde a CEO da GAS e líder de um esquema criminoso de tal proporção? A resposta poderia estar na química com a venezuelana Mirelis — o casamento entre o carisma de um dedicado religioso e a sagacidade de uma mulher iniciada no mundo dos bitcoins. No universo das igrejas por onde Glaidson levava a boa nova, a chamada ‘teologia da prosperidade’ vinculava a bênção divina ao sucesso material. O Faraó vendeu a ideia de que o sucesso era ungido por Deus. E centenas de clientes disseram amém e investiram tudo o que tinham”, explicam os autores.
Flanelinha, garçom, pastor, faraó dos bitcoins. Este poderia ser o currículo resumido de Glaidson Acácio dos Santos. A versão estendida, contudo, incluiria as origens humildes na Cidade de Deus, favela do Rio de Janeiro, a entrada na Igreja Universal do Reino de Deus e o encontro que mudaria seu destino: o casamento com a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa. Juntos, Glaidson e Mirelis montaram um dos maiores esquemas de pirâmide financeira já vistos no país, responsável por movimentar 38 bilhões de reais, entre 2015 e 2021, e ludibriar ao menos 89 mil pessoas.
A união da expertise no mercado de criptomoedas da discreta Mirelis — que já havia aplicado golpe semelhante na Venezuela — com o carisma e as conexões de Glaidson no universo das igrejas que pregam a “teologia da prosperidade” mostrou-se uma combinação perfeita. Atraídos pela garantia de juros mensais de 10%, os irmãos de fé da Universal deixaram de pagar o dízimo e passaram a investir no negócio do Faraó. Alguns aplicaram todas as economias, em um movimento que se espalhou pela Região dos Lagos fluminense e, depois, por todo o país.
Outra jornalista que assina a obra é Isabela Palmeira é jornalista e roteirista. Foi editora da Globonews e repórter do jornal O Globo, tendo recebido um prêmio nacional de jornalismo pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Em suas imersões no Oriente, nos últimos dez anos, estuda sobre autoconhecimento e meditação, o que a leva a um mergulho no ser humano. Com estas experiências, dedica-se a contar histórias em forma de livros, filmes e séries.