Que a pandemia causada pelo coronavírus está tomando proporções inimagináveis, todos sabem. É fato, que seguindo a linha de estudos de vários especialistas e epidemiologistas, o ápice, a tão falada “curva da doença”, ainda não chegou e o enfraquecimento dela, possivelmente, vai ocorrer somente em setembro. Até lá, empresários vão amargar prejuízos enormes e, em alguns casos, a falência é inevitável. Lutando para amenizar os efeitos da pandemia em Cabo Frio, a empresária e presidente da ACIA (Associação Comercial, Industrial e Turística de Cabo Frio), Patrícia Cardinot, apresentou ao prefeito Dr. Adriana Moreno e sua equipe do Gabinete de crise, estudos baseados nas orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde) onde seria possível a reabertura do comércio de forma gradativa, respeitando as normas de higiene e proteção das pessoas. Uma reunião entre prefeitura, Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e empresários da cidade está marcada para a próxima terça-feira, dia 02 de junho, às 14h30min, na sede do MPRJ, localizada à Rua Jorge Lóssio, para discutir o assunto.
– A reabertura deve acontecer imediatamente e com responsabilidade! Não é só um problema de Cabo Frio, é mundial. Trata-se de uma pandemia e não sabemos o resultado quando tudo isso acabar. Mas fazendo um recorte à nossa realidade, Cabo Frio, nos preocupamos não só com a economia, mas, principalmente, com a vida das pessoas, que é nosso bem maior. Entreguei, quanto presidente da ACIA e com o aval da minha diretoria, sugestões de uma reabertura imediata e responsável. Sugerimos desde formas de funcionamento, horários e até como poderia ocorrer o atendimento ao público. Por isso o aval do Ministério Público é tão importante – contou Patrícia Cardinot, que já se movimenta em outras instâncias para buscar ajuda à Cabo Frio, “não podemos deixar nossa cidade morrer”, afirma.
Em entrevista concedida ontem ao programa Viva Bem da Rádio Ondas FM 97,7 com apresentação de Keetherine Giovanessa, o prefeito garantiu que a perda do município chega na ordem de R$ 28 milhões, o que representa um prejuízo de mais de 70% aos cofres públicos e que, naquele momento em que concedia a entrevista, estava assinando novas demissões que devem ocorrer nos próximos dias na cidade.