Após a extinção dos Jogos Olímpicos da Antiguidade, o Barão de Coubertin foi o responsável pela iniciação do evento na era moderna. Porém, assim como nos jogos antigos, não existia a participação feminina. A diferença ficava pela nova regra que autorizava mulheres apenas como espectadoras.
A primeira resposta contrária a este modelo veio da grega Stamati Revithi, uma competidora extra-oficial na maratona de 1896. Ainda que sem autorização para competir, ela fez o mesmo percurso dos homens, sendo a última volta fora do estádio, pois a entrada lhe havia sido negada.
Stamati conseguiu ser mais rápida e estabelecer recordes sobre alguns adversários masculinos, mas não foi o suficiente para ser reconhecida pelos organizadores do evento. Seus feitos foram ignorados e os esforços da maratonista foram vistos apenas como drama. Como o nome dela também mal era lembrado, foi apelidada de “Melpomene”, a musa grega da tragédia.
Hoje, ela é reconhecida como a primeira inovadora a enfrentar os obstáculos da tradição, em busca da inclusão feminina no esporte olímpico.
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