Todos sabem da frustração que temos com as baterias dos dispositivos móveis de hoje em dia.Com uma hora completa, logo já estão precisando daquela carga especial para podermos andar com a consciência tranquila de que ela não irá acabar na rua. Tudo isso fora a frustração de ser obrigado a estar sempre andando com o carregador para conectá-lo na tomada mais próxima e aguardar pelo menos umas horas para que o processo esteja completo.
Baseado nesse problema frequente, cientistas da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura, conseguiram desenvolver uma bateria de lítio capaz de alcançar 70% de sua carga em apenas dois minutos. Além disso, elas têm duração de 10 mil ciclos, podendo ser utilizadas por duas décadas. Pondo em comparação às baterias utilizadas nos smartphones e laptops por aí a diferença é grande: são feitas para durarem até 500 ciclos, retendo 80% de sua capacidade.
O alto nível de velocidade de recarga, mais o número de ciclos que a bateria proporciona, se deve à mudança de elementos dos polos. Convencionalmente são todas feitas de grafite, porém, os cientistas utilizaram de um gel feito a partir de dióxido de titânio encontrado no solo. O produto foi moldado no formato tubular, que o deixa mil vezes mais fino que um fio de cabelo, fazendo assim com que se acelerem as reações químicas, consequentemente acelerando a recarga.
Se tratando de invenções do ramo científico, os estudiosos não sabem ainda ao certo onde que a invenção será aplicada, acreditando que possa se encaixar no uso de baterias da indústria de carros elétricos. Porém, nada impede que os desenvolvedores de dispositivos móveis não apliquem essa solução num futuro próximo. Até lá a obsolescência programada poderia ser praticada de outra forma… quem sabe?