O formato atual dos Jogos Paralímpicos surgiu em 1988 e desde então vem agregando cada vez mais participantes. Naquele ano, participaram cerca de 400 atletas, enquanto na última edição, em 2012, foram mais de 4 mil. Hoje, é indiscutível que as competições são um celeiro de grandes talentos, independente da deficiência física que o atleta possa ter.
Felizmente para o Brasil, uma das maiores recordistas é a velocista Ádria Santos. Apelidada de filha do vento, a atleta tem no currículo a incrível conquista de 13 medalhas entre as modalidades 100, 200 e 400 metros rasos. Desde 1988 até 2008, nas Paralimpíadas de Pequim, Ádria colecionou quatro ouros, oito pratas e um bronze.
Natural do interior de Minas Gerais, a velocista nasceu com uma deficiência visual que só a permitia ter 10% da visão. Aos 18 anos, ela perdeu essa porcentagem e a cegueira passou a ser total. No entanto, isso nunca a impediu de treinar e fazer aquilo que, segundo ela, nasceu para fazer: correr. Atualmente, aos 41 anos, Ádria está aposentada. Porém, suas vitórias na vida e no esporte podem continuar servindo de inspiração para os próximos medalhistas brasileiros.