O Brasil sempre brigou por medalhas no mar. Em todas as competições, nossos atletas estiveram perto dos postos mais altos. E na vela não é diferente. São ao todo 17 medalhas olímpicas: seis ouros, três pratas e oito bronzes. Também é da vela o recordista de medalhas olímpicas do Brasil. Logo, alguns nomes são consagrados, porém todos são homens. Por isso, quando a notícia que a medalha na vela, em 2008, não vinha de nomes como o Robert Scheidt ou Torben Grael, a surpresa foi geral.
As atletas que marcaram os Jogos de Pequim foram Fernanda Oliveira e Isabel Swan, que levaram o bronze na classe 470, e se tornaram as únicas mulheres brasileiras medalhistas na vela. A dupla chegou sem o peso do favoritismo e surpreendeu as adversárias ao cruzar a linha de chegada da regata da medalha na primeira posição. A conquista veio com muitos sorrisos, lágrimas e bandeira do Brasil nas mãos, simbolizando muito bem a importância do pódio.
A timoneira Fernanda e a proeira Isabel tiveram uma trajetória de certa maneira surpreendente na disputa da classe 470. Até a quinta regata, de um total de 11 (incluindo a Medal Race), elas não tinham passado das dez primeiras colocações. A dupla brasileira começou a treinar em 2005, quando a niteroiense Isabel Swan, de 24 anos, se mudou para Porto Alegre, onde mora a timoneira Fernanda Oliveira, de 27 anos.
Este ano o Brasil tem uma nova chance de medalha no esporte com a Fernanda Oliveira brigando pelo pódio com uma nova companheira de embarcação, a Ana Barbachan, com quem conseguiu chegar na sexta colocação nos Jogos de 2012. Já Isabel Swan também entrará na água com uma nova dupla e em outra classe, a mista Nacra 17. Ela se juntou a Samuel Albrecht e com esforço completaram a etapa classificatória para os jogos olímpicos. Desta vez a chance de medalha para todos os atletas são maiores com o apoio da torcida nas disputas na Baía de Guanabara.
