Se não bastasse o inferno astral que o prefeito Serginho vem enfrentando após completar pouco mais de 100 dias de governo, agora o que se ouve nos bastidores é que a lua de mel entre ele e seu vice-prefeito, Miguel Alencar, parece ter chegado ao fim. Como já diz a sina política de Cabo Frio — aqui todo vice, cedo ou tarde, vira problema — o que se comenta na cidade é que houve um desentendimento, e o rompimento pode ser só uma questão de tempo.
O principal motivo da crise? A falta de prestígio e o descumprimento de compromissos assumidos por Serginho com Miguel Alencar. O vice se sente desprestigiado e isolado, enquanto vê o presidente da Câmara, Vaguinho Simão, ser alçado ao posto de maior aliado dentro do governo, com direito a cargos e poder dentro do Executivo municipal para seu grupo político — mesmo sem entregar projetos prometidos, como a tão falada obra do novo prédio da Câmara.
Nos bastidores, a tensão é grande. Funcionários e aliados de Miguel vivem dias de incerteza, temendo perder seus cargos a qualquer momento. Enquanto isso, o vice-prefeito adota o silêncio nas redes sociais e, nas ruas, tenta manter a esperança dizendo que “vai dar tudo certo”. Mas, na boca miúda da cidade, os rumores são de que Miguel já estaria se aproximando de velhos conhecidos da política local, como o ex-prefeito Marquinhos Mendes e o ex-deputado Jânio Mendes, articulando possíveis novos passos.
Se confirmado o estremecimento — ou até um futuro divórcio político —, será mais um capítulo triste de instabilidade para Cabo Frio. A cidade precisa superar essa velha prática de brigas de bastidor e focar no que realmente importa: evoluir, crescer, garantir dignidade e respeito para a população. O município não aguenta mais ser vítima de projetos de poder pessoal. E, no fim, a esperança que fica é simples: que, desta vez, o bem vença o mal.