Num país onde a cultura do estupro está incutida há milhares de anos, é difícil buscar soluções em curto prazo. Só no ano de 2014, foram registradas 14.687 violações sexuais na capital da Índia: Nova Déli. Os estudos dos casos acusaram que, como no Brasil, o agressor costuma ser alguém próximo à vítima, tendo informações sobre o cotidiano e os costumes da mesma.
Comparado ao ano de 2013, o quadro preocupante do aumento de estupro em 31,6%, fez o Comissário de Polícia da Cidade, B. S. Bassi, declarar que para se defender do estupro, as mulheres precisam ter práticas de defesa pessoal e que o judô é o esporte mais indicado para cessar este problema. “Quero que cada mulher tenha faixa marrom em judô”, disse ele à Agência indiana Ians.
Parte do problema estaria resolvido desta forma, no entanto, esta visão de que as próprias vítimas precisam buscar mecanismos de defesa, acaba por deixar de educar e punir quem pratica este tipo de violência. “Contando com uma triste realidade de escravidão sexual, desaparecimento de mulheres e estupros, a Índia ainda precisa viver um despertar”, declarou uma imigrante americana violentada enquanto andava nas ruas da capital. “Talvez a educação tenha o poder de mudar essa realidade para sempre”, finalizou.
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