A pior epidemia de ebola da história já deixou mais de 4 mil mortos e agora ameaça também a economia. A primeira vítima do surto é a indústria do cacau. A região afetada pela doença responde por quase dois terços da produção mundial da matéria prima do chocolate. E diante o avanço dos casos, o preço da fruta já subiu 23% em meses.
Maior produtor de cacau do mundo, a Costa do Marfim faz fronteira com Guiné e Libéria, dois dos principais países a registrarem casos da doença. Ao lado está Gana, a segunda maior fonte de cacau. Juntos, os dois países representam 61% da produção mundial da fruta, segundo a Organização Internacional do Cacau em Londres.
“Guiné, Libéria e Serra Leoa representam menos de 2% da produção mundial de café, cacau, borracha, óleo de palma e algodão. No entanto, a maior preocupação está na possibilidade de a doença se espalhar para a Costa do Marfim e Gana, que respondem por 60% da produção global. Se incluirmos ainda a Nigéria e os Camarões, a região é responsável por pouco mais de 70% da produção mundial de cacau”, dizem os analistas do Deustche Bank.
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