Se essa quarentena nos ensinou algo, foi o de apreciar os momentos de tranquilidade e o contato com a natureza. Diversos estudos revelam que a presença do verde em casas e apartamentos gera bem-estar, promove sensação de relaxamento, melhora a saúde e traz conforto físico e emocional.
Por isso, cresce o número de pessoas que buscam reformar suas casas já reservando um espaço para jardins e pequenas hortas, por exemplo.
A ORIGEM
Essa tendência de decoração chama-se arquitetura biofílica ou design biofílico. A primeira vez que se tem relato da biofilia foi pelo psicólogo Erich Fromm em 1964, e depois popularizada nos anos 80 pelo biólogo Edward O. Wilson, que observou como a urbanização promove uma forte desconexão com a natureza.
Segundo a arquiteta Dafne Sampaio, do Studio Dafne Sampaio, a principal estratégia para quem deseja um ambiente mais acolhedor e integrado à natureza, é incorporar características naturais aos espaços construídos, como água, vegetação, luz natural e elementos como madeira e pedra. Outro recurso é usar as formas e silhuetas em vez de linhas retas, uma das características mais marcantes dos projetos biofílicos.
De acordo com Bill Browning, sócio-Fundador da Terrapin Bright Green, e um dos principais pensadores e estrategistas no ramo da construção sustentável, 15% das pessoas que trabalham em espaços que possuem elementos naturais, apresentam um nível de bem-estar maior em relação àquelas que não possuem nenhum contato com a natureza no local de trabalho.