A Olimpíada é um evento especial por reunir os melhores atletas do mundo. São grandes nomes do esporte em quadra, campo, piscinas, entre outros. Porém, não são apenas os jogadores que merecem destaque. Os técnicos e coordenadores também são estrelas da festa.
O melhor exemplo é a britânica Jill Ellis. Ela é responsável por comandar a equipe de futebol feminino dos Estados Unidos, uma das favoritas e um grande desafio das meninas do Brasil.
Jill não é uma mera treinadora. Ela foi eleita pela Fifa, no começo do ano, a melhor técnica de futebol feminino do mundo. E já esteve no país em 2007, quando comandou o time americano sub-20 e jogou a final contra o Brasil em pleno Maracanã. “Essa é uma das minhas melhores memórias como treinadora”, relembra em entrevista.
Jill Ellis tem uma história peculiar. Seu pai, um militar da marinha britânica, trabalhou muitos anos na Federação de Futebol Inglesa disseminando o esporte em países como Trinidad e Tobago, onde foi técnico da seleção nacional. Ela cresceu torcendo para o Manchester United e jogando bola com os meninos – inclusive o irmão, também treinador. Em 1981, a família se mudou para os Estados Unidos e a garota continuou os estudos até se formar em Artes e concluir o mestrado na área de literatura. Mas embora a carreira acadêmica parecesse uma escolha lógica, ela largou um emprego lucrativo para ser técnica de futebol.
Os pais não viram com bons olhos a mudança de rota, principalmente por questões salariais. Jill, porém, persistiu e chegou às categorias de base do time dos Estados Unidos. Um ano depois da estreia como treinadora da seleção principal, em 2014, já foi eleita a melhor do mundo. “Meus pais não esconderam o orgulho”, conta. “São meus maiores fãs e devo muito a eles”.
Agora, novamente no Rio ela montou um novo time americano e espera repetir uma conquista como a da última Copa do Mundo, no Canadá, no ano passado. “Temos novas jogadoras, mais jovens, misturadas às veteranas”. A goleira Hope Solo, a atacante Alex Morgan e a meia Carli Lloyd serão referência no grupo. Embora algumas atletas tenham se afastado por causa de contusões, Jill espera que o time completo esteja de volta para um amistoso antes da viagem para o Brasil, no dia 27.
