Quando o assunto é uma das maiores esportistas brasileiras, Maria Lenk merece entrar em pauta não só pelo que este nome representa para a natação, mas também por ter sido a primeira sul-americana a participar das Olimpíadas.
Tal feito ocorreu nos Jogos de Los Angeles, em 1932. Até aquele ano, mulheres já haviam conseguido o direito a participação, mas nenhuma até então tinha origem na América do Sul. Apesar de não ter conquistado nenhuma medalha, Maria pode ser considerada uma das pioneiras da natação moderna.
Nas Olimpíadas seguintes, em 1936, ela já estava acompanhada por mais três nadadoras sul-americanas. Em 1940, era a favorita a subir ao pódio em primeiro lugar e ser a primeira brasileira a ganhar medalha em um esporte individual. No entanto, por causa da Segunda Guerra Mundial, as Olimpíadas não chegaram a ser realizadas e o sonho teve de ser interrompido.
Apesar das barreiras pelo caminho, Maria Lenk continuou contribuindo ativamente para o crescimento do esporte aquático, sendo responsável pela introdução do nado borboleta em competições. Ao abandonar as piscinas em 1942, ela ajudou a fundar a Escola Nacional de Educação Física, da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Maria morreu em 2007 aos 92 anos após realizar suas atividades diárias de natação.
A eterna nadadora brasileira dá nome a uma das instalações dos Jogos Rio 2016, onde acontecerão as competições de nado sincronizado, polo aquático e saltos ornamentais.