Ainda faltam quatro meses para o ano acabar, mas já podemos considerar 2014 um ano de grandes perdas literárias no Brasil. Isso porque julho ficou marcado pelo falecimento de quatro nomes de peso da literatura. Ivan Junqueira, João Ubaldo Ribeiro, Rubem Alves e Ariano Suassuna tiveram grande importância na construção cultural deste país através de poemas, livros, novelas, filmes e tantas outras manifestações artísticas. No entanto, diante às perdas, nascem novos nomes, nomes jovens e que querem mergulhar de corpo e alma nessa imensidão literária.
Nos dias entre 30 de julho e 3 de agosto, aconteceu a Festa Literária Internacional de Paraty. No penúltimo dia do evento, o escritor Antonio P. Ventura, lançou seu livro “Toninho, o poeta A-Ventura”, com uma coletânea de suas poesias. O interessante está no fato de que Antonio é um menino de dez anos, fã assumido de mitologia.
“Comecei a escrever porque toda vez que lia um livro, me sentia dentro da história. Aí eu pensei: ‘Ah, eu também quero que as pessoas sintam a mesma coisa, com algo que eu escrevi’ ”, disse Toninho, durante entrevista ao site G1.
Em Cabo Frio, litoral do Rio de Janeiro,também há história de jovens escritores, interessados em contar histórias para somar ao cotidiano das pessoas. Exemplo disso é Jannini Rosa, uma jovem em ascensão, que escreveu seu primeiro livro (Faces de Malala) aos 16 anos, e que, perto de completar 18, já está caminhando para o lançamento de mais uma história motivadora e emocionante.
Em entrevista à Elegante Online, Jannini disse estar empolgada com seu novo projeto. “Tem sido um desafio muito grande, porque é uma história baseada em fatos reais, sobre a ditadura militar. Às vezes, me deparo com situações em que me questiono se posso ou não esmiuçar detalhes. Mas também, é muito legal escrever conhecendo a história politica e social do Brasil”, disse a jovem escritora.
Jannini também nos contou que encontra inspiração em autores como Dan Brown, por misturar ficção e realidade, além de falar muito sobre arte e cultura. Ela também tem como referência Agata Christie e Sidney Sheldon, ambos pela uso da narrativa misteriosa e envolvente. No dia 24 de agosto, durante a Bienal do Livro, a jovem escritora estará participando de uma tarde de autógrafos no estande da editora Literarte, às 15h.
O Brasil infelizmente perdeu grandes nomes. Como dizia Sussuna “Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico, mas pra mim arte é missão, vocação e festa”, e esses três requisitos Toninho, Jannini e muitos outros jovens autores têm de sobra. Ao que tudo indica, em breve esses novos nomes estarão no topo da leitura de muitos brasileiros.