A internet pode ser tanto parceira quanto vilã dos pais, especialmente para as mães solo que buscam equilibrar educação e segurança. Como parceira, oferece acesso a recursos educativos e suporte online. No entanto, pode tornar-se uma vilã ao expor as crianças a perigos, como conteúdos impróprios. A psicóloga Sânzia Marcela alertou, em entrevista ao programa Viva Bem na Rádio Ondas FM, que “as mães solo devem estabelecer limites claros, monitorar o uso e educar os filhos sobre os riscos, garantindo um ambiente on-line seguro e saudável”.
As mães solo devem estabelecer limites claros, monitorar o uso e educar os filhos sobre os riscos, garantindo um ambiente on-line seguro e saudável.
Psicóloga Sânzia Marcela
Segundo a psicóloga, a internet pode influenciar o comportamento de crianças e adolescentes, tornando-os mais agressivos.
– A exposição frequente a conteúdos violentos em jogos, vídeos e redes sociais pode deixar os jovens menos sensíveis, normalizando a violência. Além disso, as interações negativas podem aumentar o stress e a frustração, contribuindo para reações agressivas no mundo real – alertou Sânzia Marcela, ressaltando que o ideal é a criança começar a ter contato com telas de telefones, tablets e até TVs, a partir dos dois anos de idade.
Mas, com o mundo atual, o ideal está muito distante da realidade. No caso, por exemplo, das mães solos, que geralmente possuem jornada tripla de trabalho, a psicóloga fala que se for imprescindível o uso da internet para que a mãe cuide da casa e da própria criança, é fundamental a monitoração contínua e por um curto espaço de tempo.
– Sabemos da realidade e não podemos fechar os olhos para isso. Mas todo o cuidado é pouco. A internet, apesar de ser uma ferramenta poderosa para aprendizagem e entretenimento, apresenta diversos perigos. O uso excessivo pode levar ao sedentarismo, contribuindo para problemas de obesidade e distúrbios do sono. Além disso, a exposição a conteúdos inadequados e a pressão social nas redes podem causar ansiedade, depressão e baixa autoestima – pontuou a psicóloga, alertando sobre outro perigo: o cyberbullying, que pode ter efeitos devastadores no bem-estar emocional.
O ideal é buscar orientação profissional para que, apesar da correria diária, seu filho e você tenham qualidade de vida e possam, de fato, usufruir positivamente dos benefícios do mundo virtual.