Na última terça-feira (07) a Chama Olímpica passou por Fortaleza e foi conduzida por duas personagens importante para o movimento feminista no Brasil. Entre as condutoras da noite estavam Maria da Penha, vítima de violência domestica que foi homenageada com o nome da lei que visa proteger mulheres de violência e a ativista e fundadora da ONG Think Olga, Juliana de Faria.
O caso de Maria da Penha foi emblemático e chocou pela brutalidade. A farmacêutica sofreu duas tentativas de assassinato do marido em 1983 (ele atirou em nela pelas costas e tentou eletrocutá-la). Como reflexo, ela acabou ficando paraplégica. O marido de Maria da Penha foi julgado e condenado, mas ficou preso por apenas dois anos. Foi solto em 2004, depois de ter recorrido, e está livre até hoje.
Sancionada em 2006, a Lei Maria da Penha é até hoje um dos principais dispositivos de combate à violência doméstica.
Já Juliana está à frente de campanhas como “Chega de Fiu Fiu” e “#PrimeiroAssédio”, é formada na PUC-SP e tem largo histórico de defesa dos direitos da mulher. Ela é uma das escritoras do livro “Meu corpo não é seu”, que também aborda a violência contra a mulher.
A chama da Rio-2016 começou a circular pelo país no dia 3 de maio e passará por 300 cidades até chegar ao Rio de Janeiro, sede dos Jogos. A lista de condutores tem cerca de 12 mil nomes entre personalidades públicas e atletas.
