Apenas dois dias após anunciar uma versão com reais da animação “Dumbo”, ONGs de proteção aos animais já se manifestaram contra a ideia do filme. Entretanto críticas como essas se tornarão cada vez mais raras, segundo um artigo publicado hoje no jornal especializado “Screen”. Para o especialista em cinema, o Dr. Michael Lawrence, o uso do CGI irá substituir a maior parte dos animais em cena.
O uso da computação gráfica para animar cães, gatos e outros bichos vêm se tornando cada vez mais frequente no cinema. O recurso é mais barato e consome menos tempo do que tentar convencer um animal de verdade a desempenhar seu papel em várias tomadas de uma mesma cena.
“Substituir cães reais por animação digital produz perfomances muito mais eficazes dramaticamente: eles também são mais atraentes por serem mais antropomorficamente expressivos para atender às necessidades da história. E eles consomem menos tempo e, portanto são mais baratos por não estarem determinados pela vontade imprevisível ou intratável de animais reais, mesmo os bem treinados”, disse Lawrence.
Acadêmico da Universidade de Sussex, na Inglaterra, Dr. Lawrence explica: “A mediação tecnológica da performance dos atores-caninos por efeitos digitais permite que os cineastas contemporâneos superem tais problemas e apresentem – se assim o desejarem – cães voando e falando ao mesmo tempo”. Segundo Lawrence, a diferença entre o animal real e a versão digital é “menos facilmente percebida”.