No dia em que completava 55 anos, Joy Watson recebeu o diagnóstico de que estava com Alzheimer. Procurando viver a vida da forma mais normal e positiva possível, após o surpreendente fato, Joy passou a andar pelas ruas com um crachá dizendo “Tenho Alzheimer. Seja paciente”.
Em entrevista à BBC, Watson, ue vive na cidade de Salford, localizada em Manchester, no Reino Unido, disse que entrou em pânico após saber da notícia. “A médica me desejou um feliz aniversário e disse, em seguida, que eu tinha Alzheimer e que muito de meu cérebro já tinha sido afetado”, disse, Joy.
Com as dificuldades da doença, ela começou a reparar o quanto as pessoas são negativas e impacientes. Ao explicar o que a motivou se identificar como paciente, Joy diz: “Tenho dificuldade em tomar decisões. Em lojas, por exemplo, costumo demorar muito para escolher produtos, volto atrás. Isso me causa problemas”. Usar o crachá foi a forma que ela encontrou para lidar com situações desse tipo.
A britânica confessa que ao receber o diagnóstico pensou em se matar, por saber o quanto a doença poderia evoluir. Porém, a lembrança do pai que se matou quando ela tinha 15 anos a fez mudar de ideia, “Pensei: não posso fazer isso com meus filhos. Tento fazer a diferença”.
Hoje, ela procura conscientizar as pessoas sobre a incidência do Alzheimer entre pacientes mais jovens, visto que esta é uma doença a qual normalmente afeta pacientes com mais de 65 anos. Segundo dados pesquisados pela BBC, O surgimento precoce da doença, apesar de pouco conhecido, não é tão raro. Nos Estados Unidos, cerca de 5% dos portadores de Alzheimer têm menos de 65 anos. Entre os primeiros sintomas do mal, estão a perda de memória, dificuldades em lidar com linguagem e com achar soluções para os problemas do dia-a-dia.
Em maio deste ano, Joy concorreu ao Dementia Friends Champion, campeonato nacional realizado pela Sociedade de Amigos com Demência de Alzheimer, devido o seu empenho em conscientizar as pessoas sobre o Alzheimer. Segundo o site Manchester Eveningnews, Joy trabalhou para transformar sua cidade em um paraíso para os portadores da doença.