Homens ganham mais que mulheres para exercer o mesmo trabalho. Desde o emprego mais habitual até as estrelas de Hollywood sofrem com essa problemática. No mundo inteiro, somente 9 em cada 100 mulheres chegam ao cargo de CEO. No Brasil, mulheres ocupam apenas 6% de todos os cargos executivos disponíveis.
A desigualdade de gênero é algo presente na vida do ser humano desde a mais tenra idade. Quando crianças, fica destinado às meninas roupas cor-de-rosa, brinquedos como boneca, utensílios domésticos e estéticos. Aos meninos, um mundo azul repleto de carrinhos e brincadeiras de super-herói.
A partir daí, já começa a formar na cabeça dos futuros adultos a ideia de que nem tudo é para todos. E isso acaba refletindo também no mercado de trabalho. Como resolver isso?
Primeiro passo: mudar a cultura dentro de casa. Mulheres, assim como os homens, também trabalham fora de casa e com a mesma carga horária. Ou seja, não é justo que somente ela seja responsável por cuidar da casa e dos filhos. E não basta eles apenas darem uma “ajuda”, já que esta palavra implica que a obrigação de cuidadora do lar continua sendo dela. A obrigação de cuidar da casa é de todos que moram nela. Se todos colaborarem, ninguém fica sobrecarregado e a mulher poderá se dedicar à carreira com mais tranquilidade.
Segundo passo: valorizar as mulheres por seus atributos profissionais. Quando um homem chega à chefia, ele é enaltecido por sua qualificação profissional. Já quando é uma mulher, muitas vezes são os atributos físicos que são lembrados. Segundo números do IBGE, a maior porcentagem de ocupação de vagas em faculdades e conclusões de curso pertence a elas. Quando o assunto é pós-graduação, representam 53,3% dos mestres do país. Ou seja, qualificação elas têm. Independente do gênero de um funcionário de uma empresa, ele deve ser avaliado apenas pela competência profissional.
Terceiro passo: ampliar o conceito de liderança. Não é difícil ver produtos de ficção que ainda estereotipam características de um líder somente no papel de um homem. Força, ambição, rapidez de decisão e coragem também podem ser traços femininos. Individualmente, mesmo que as características de uma mulher sejam sensibilidade, intuição e flexibilidade, estas também fazem parte de um perfil para liderar equipes e trazer bons resultados para uma empresa.
Quarto passo: promover salários igualitários. A desconstrução da ideia de que o homem é o provedor da casa precisa ser colocada em prática. Por mais que eles ainda sejam maioria nesse quesito, o último Censo apontou que 39,8% dos domicílios brasileiros são chefiados por mulheres. O número já exemplifica um avanço, mas ele precisa também refletir na igualdade salarial.