Um estudo publicado na Science Advances mostra indícios de que o planeta está passando pela sexta grande extinção. E diferente dos eventos passado, quando catástrofes naturais foram responsáveis por eliminar a maioria das espécies, agora a culpa é da humanidade.
Liderados pelos pesquisadores Gerardo Ceballos e Paul R. Ehrlich, cientistas das universidades de Stanford, Princeton e Berkeley, apontam que a taxa de extinção atual é até cem vezes maior do que o esperado pela seleção natural. Para chegar ao número, eles estimaram qual seria a taxa normal de extinção para mamíferos, pássaros, anfíbios e outros grupos de vertebrados, e compararam com as taxas de extinção atuais.
De acordo com a seleção natural, durante o último século inteiro, apenas uma espécie de mamífero deveria ter desaparecido, quando já foram registradas 69 espécies perdidas. A pior situação é a dos anfíbios: de 1,46 para 146.
Assim, podemos dizer que essa pesquisa confirma um estudo lançado ano passado que apontava esse risco de extinção. “Estamos entrando agora no sexto grande período de extinção em massa”, disse um dos autores do novo estudo.
Na história da Terra, consideramos cinco extinções em massa – episódios nos quais grandes números de espécies foram extintas em um curto período de tempo. A última delas levou ao desaparecimento dos dinossauros, há 65 milhões de anos, após o impacto de um meteorito.
O artigo defende a criação de políticas para evitar a destruição de habitats e a superexploração econômica do meio ambiente. Pois, são as mudanças climáticas que aceleram o processo. Os efeitos dessa interferência poderão ser sentidos em pouco tempo. Por exemplo, a polinização feita pelas abelhas pode desaparecer em até três gerações humanas.