Quem utilizava a internet no começo dos anos 2000, sabe como a rede era bem diferente dos dias atuais. E um dos marcos dessa época pré-Facebook e smartphones foi o programa de mensagens instantâneas, o MSN Messenger.
O serviço é de propriedade da empresa Microsoft e foi lançado em 1999. Esteve em funcionamento com este nome até o final do ano de 2005, quando foi alterado para Windows Live Messenger.
O Messenger surgiu como concorrente do ICQ, o programa precursor das comunicações deste gênero. Conquistou muitos usuários em todo o mundo, sendo que o Brasil é o mercado que ocupa a posição número um, com mais de 30 milhões de pessoas utilizando o serviço.
Separamos alguns elementos que fazem desse programa algo marcado eternamente na memória dos usuários e que não conseguiram ser imitados pelas redes sociais atuais.
Chamar atenção
Muita gente reclama hoje em dia que é ignorado na conversa após a confirmação de conversa revelar que o outro usuário já leu o que foi enviado. O MSN contava com um recurso que basicamente forçava os usuários a responderem as conversas.
Além do cursor na barra inferior ficar piscando sempre ao receber mensagens, a opção de “Chamar atenção”, fazia barulho e tremia a tela. Em alguns casos, o usuário poderia até travar o computador alheio se insistisse demais em chamar atenção do outro.
Saber o que o outro estava ouvindo
Antes do Spotify e outras plataformas de música por streaming fazerem sucesso, os usuários de internet geralmente escutavam os principais artistas da época em programas como o Windows Media Player, baixados da internet ou transferidos de CD para o computador em formato MP3. O MSN podia se vincular ao programa e detectar automaticamente as músicas que eram reproduzidas no computador. O que revelava muito sobre o gosto musical dos usuários.
Quem está online?
O simples fato de um amigo ficar online no MSN já era um grande acontecimento: sempre que isso acontecia, subia uma barra lateral entregando o sujeito. Algumas pessoas usavam esse recurso para chamar atenção de todos os contatos para algo relevante, ou não, alternando entre o modo online e offline várias vezes seguidas.
Qual é seu ‘nick’?
Poucas pessoas utilizavam o nome formal no MSN. O programa oferecia a opção de caracteres especiais e muitos usuários aproveitam para criar “Nicks”, (reducionismo de ‘nickname’, apelido em inglês). Alternando entre maiúsculas e minúsculas, personalizando as cores e fontes do nome ou adicionando caracteres, a moda da época era ter uma identificação única.
Além disso, existia um espaço para descrição breve, o “subnick”, que muitas vezes era utilizado para registrar frases de músicas preferidas ou simplesmente indiretas para outros usuários.
Stickers invasivos
Com algumas atualizações, o MSN deixou de ser um comunicador instantâneo de mensagens para se transformar num comunicador de figuras. No meio da convers, alguém poderia mandar uma das imagens gigantes e que interagiam na tela.
Status “Ausente e Invisível”
Para despistar alguns chatos que insistiam em puxar conversa ao entrar no MSN, muita gente passou a deixar o status “Ausente”, quando ainda estava online. Mesmo porque não adiantava muito deixar “Ocupado”. Ninguém levava isso a sério. Numa medida mais radical, alguns permaneciam invisível para todos os contatos, exceto aqueles com quem o papo não terminava tão cedo.
Fontes com emoticons e Gifs
Além de emoticons e stickers, o MSN permitia personalizar as letras da conversa. Isso gerava conversas com ícones e fontes diversas. Existiam pacotes (ou packs) de emoticons de todos os ícones de sucesso da época, o que permitiam conversas muito mais emotivas e visuais. Com o tempo surgiram também os primeiros GIFs que estão até hoje animando a internet.