Tirar fotos de momentos especiais é uma mania antiga. A partir da popularização e da maior acessibilidade à câmeras fotográficas, fotografar virou sinônimo de guardar e eternizar as melhores experiências vividas. Com o surgimento das redes sociais e o fenômeno das selfies, passou-se a dizer que esse tipo de hábito foi banalizado, já que hoje o principal objetivo é postar as fotografias em redes sociais para ganhar curtidas.
Mas ainda há esperança. Quatro universidades dos Estados Unidos provaram o que muitos já desacreditavam: fotografar faz com que as pessoas tenham lembranças mais intensas e aproveitem mais dos momentos do que aquelas que não fazem o registro.
Para chegar a esta conclusão, os especialistas reuniram dois grupos de voluntários em um museu. O primeiro grupo estava autorizado a tirar fotos e a ouvir explicações, enquanto o segundo não poderia capturar os momentos. Ficou evidente para os especialistas que quem registrou as imagens pôde lembrar melhor das figuras observadas. Por outro lado, os que não tinham câmeras em mãos se recordavam melhor do que havia sido dito pelos guias do museu.
Para uma professora de psicologia da Universidade de Fairfield, nos Estados Unidos, o resultado da pesquisa tem relevância pois descarta a ideia popular de que fotografar possa ser uma distração do que está acontecendo ao redor. Em contra partida, a especialista alerta para a intenção do registro. Se este for feito com o objetivo de de postar em redes sociais para ganhar curtidas, todos os efeitos positivos da ação podem ser perdidos. “Você estará preocupado em tirar a foto perfeita para obter curtidas e comentários, o que pode aumentar a ansiedade”, afirma a especialista.